domingo, 18 de maio de 2025

Eleições Legislativas 2025

Resultados Globais NACIONAIS 2025

 Resultados eleitorais, Concelho de Tarouca:


 Resultados eleitorais, União de Freguesias de Tarouca e Dalvares Tarouca:




O povo disse, está dito. É assim a vida democrática, felizmente.
A AD ganhou, como diria António Costa, por "poucochinho". Para uma coligação  que estava no poder, não foi uma boa maioria. Mas ganhar é ganhar! 
O PS teve uma derrota estrondosa que provocou de imediato a demissão do seu Secretário Geral, desencadeando a realização de eleições internas no PS.
O Chega teve uma subida grande, tendo, neste momento, o mesmo numero de deputados  que o PS, podendo até ultrapassá-lo com os votos da emigração.
O Bloco de Esquerda  teve uma grande derrota. Apenas uma deputada eleita.  Também a CDU perdeu um deputado. 
O Livre foi o único partido da esquerda à esquerda do PS que subiu, tendo agora mais deputados do que aqueles que tinha na anterior legislatura. À direita, a Iniciativa Liberal  elegeu mais deputados do que na legislatura passada.

Algumas notas pessoais:

1. Derrota para muitos comentadores políticos. Do alto do seu ego, desligado do sentir e pensar dos cidadãos,  fechados no seu "chiquismo" balofo, muito fizeram para impor a ditadura da sua opinião. Nas urnas, os cidadãos deram-lhes uma lição. Oxalá que tenham a dignidade cívica para aprender alguma coisinha! 
2. A coligação vencedora, AD,  tem, sozinha, mais votos do que toda a esquerda. O que obrigará esta a refazer-se a fundo, se quiser viver e ser alternativa.
3. Achei totalmente desagradável  a intervenção de Pedro Nuno Santo no momento em que anunciou a sua demissão. Que arrogância e agressividade! Parece que não aprendeu nada com a voz das urnas! O senhor parecia que ainda estava em campanha eleitoral... Um banho de humildade cívica precisa, para reconhecer os méritos de quem venceu, bem como o seu falhanço eleitoral. 
A verdadeira democracia demonstra-se no modo como se sabe vencer e se sabe perder.
4. Não é por ter tido uma grande subida eleitoral que o Chega deixa de ser Chega. Todos, cidadãos portugueses, temos que lembrar o velho provérbio que diz: "Quem bem fizer a cama, bem se deita nela."
Não é, por na Europa e no mundo a extrema-direita estar na moda, que a extrema-direita deixou de ser um perigo. Pensemos todos nisto antes  que seja tarde de mais. 
4. Tem agora a palavra o Presidente da República. Os cidadãos fizeram a sua parte. Entra agora em cena quem de direito.  Não queremos ser o país europeu campeão em eleições legislativas. Que governe quem o povo elegeu e que todos os partidos sejam democraticamente responsáveis e saibam colaborar para o interesse nacional.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Leão XIV é o novo Papa

Tarde de 8 de maio. Fumo branco na chaminé da Capela Sistina, no Vaticano. À 4ª votação, os cardeais elegeram o novo Papa: o Cardeal norte-americano, que também tem nacionalidade peruana, Robert Francis Prevost, de 69 anos, que escolheu o nome de Leão XIV.
Em primeiro lugar e como católico,  a minha comunhão com o novo Sumo Pontífice por quem rezo.
Espero que as primeiras palavras que dirigiu ao mundo: "A paz esteja com todos vós!" norteiam e sejam marcantes durante todo o pontificado. Paz e unidade dentro da Igreja. Paz no mundo. Paz entre povos e nações. 
Espero que as reformas iniciadas com o Papa Francisco  desçam ao terreno e sejam continuadas. 
Teria gostado muito que tivesse aparecido vestido  com a simplicidade com que apareceu Francisco.  Mas pode haver algo que me esteja a escapar e isso não signifique uma cedência ao conservadorismo. 
Parece uma pessoa  mais tímida, mas cada um é como é. Até me parecia bem que falasse mais raramente. Não é preciso poluir o verbo.  Importante é a palavra certa, dita de forma apropriada e no momento exato. 
Que sob Pedro e com Pedro, a Igreja caminhe sinodalmente. 

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Fiquei fora de mim...


Já lá vão bastantes anos. Ia fazer um trabalho pastoral a um povo. Decorria o Conclave para a eleição do novo Papa. Rádio do carro a funcionar. A emissão é interrompida para anunciar que surgira o "fumo branco", sinal da eleição do novo Papa. Paro o veículo fora da faixa de rodagem e espero, porque estava com tempo. Finalmente a noticia do eleito...

Fico fora de mim. Saio e passeio na via de um lado para outro. Aquela estrada quase não tinha movimento, por isso estava à-vontade. "Senhor, porquê!? Achas que é este tipo de Papa que a Igreja e o mundo precisam? O Espírito Santo meteu férias? Tanta gente a rezar, pedindo a luz do Espírito e Tu não ouviste nada!..." Enfim, uma revolta e um estado de nervos que nem vos conto nem vos digo.

Voltei ao carro e, sabendo que mais à frente havia um bica de água pura, andei e fui beber. Para afogar mágoas e na esperança de serenar.

Cheguei ao destino, ainda longe da hora marcada. Normalmente costumava aproveitar para falar com as pessoas, mas naquele dia, entrei logo na capela e ajoelhei diante do Santíssimo Sacramento. Uma vontade enorme de pedir perdão ao Senhor pela minha revolta, pois em vez de "seja feita a Vossa vontade assim na terra coimo no Céu", tinha barafustado com Deus por Ele não ter feito a minha vontade. E à medida que ali permanecia, uma paz e uma enorme serenidade me invadiram. Como é bom saborear a misericórdia e o carinho de Deus por nós!

Claro que, como muita gente, tenho cá dentro o meu desejo. Não gostava que fosse eleito alguém da linha tradicionalista, e e muito menos ultratradicionalista. Esta gente (Cardeais, Bispos, Padres, Leigos), pequeno número, é  barulhenta, gosta de estar na crista da onda e de dar uma ideia de grandeza numérica que não tem. Gostava, clara e decididamente, que fosse alguém da linha de Francisco. Talvez alguém que falasse menos. Quem está à frente, tem que falar pouco, mas bem e oportunamente. Se fosse o Cardeal Tagle, ficava contente, Senhor! Mas Tu e só Tu é que sabes . E ainda bem.
Só Deus sabes tudo! Quando foi eleito o Grande João XXIII, homem tido como da linha tradicionalista, alguém augurava que seria ele o despoletador da grande reformas da Igreja no nosso tempo, com o Concílio Vaticano II?!
Por isso, para lá dos gostos, opiniões, desejos, análises, sensibilidades, deixemos Deus trabalhar e abramo-nos à  surpresas divinas. 

Entretanto, rezemos: 
Senhor Jesus,
Antes de deixares o cenário deste mundo, disseste a todos os apóstolos:
“Eu estarei convosco, até ao fim dos tempos.”
Sentimos a Tua presença reconfortante e temos a certeza de que permaneces sempre ao leme da barca da Igreja e a guias com mão firme no meio das tempestades da história.
Neste momento de ansiosa expectativa, envia o Teu Espírito Santo, para que ilumine a mente dos Cardeais na escolha do sucessor de Pedro: que eles escolham aquele em quem pensaste e que designaste para guiar hoje o Teu rebanho.
Virgem Santa,
Tu que rezaste com os Apóstolos no Cenáculo e esperaste com eles a efusão do Espírito Santo;
reza connosco e por nós e obtém para nós o dom de um novo Pentecostes de fervor, de entusiasmo e de alegre obediência ao Evangelho de Jesus.
Amén.
(Cardeal Comastri)

quinta-feira, 1 de maio de 2025

O que me comprometo em memória de Francisco

1.

O corpo do Papa foi sepultado no sábado na Basílica de Santa Maria Maior, no centro de Roma.
Era o sítio onde Francisco se refugiava em oração. Acontecia quase sempre ao regressar de alguma viagem ou antes de um encontro ou decisão importante – o Santo Padre sentia a presença da Virgem Maria, a presença da Mãe que venerava.
Um dia passou por uma porta que levava a uma sala que guardava candelabros. Francisco pensou logo que seria ali, que era aquele o lugar onde ficaria.
2.
Não dentro do Vaticano, não na cripta, não em três caixões como era da norma, mas apenas num único caixão.
O caixão de um pastor, de uma pessoa como nós, de alguém que nunca quis deixar de ser um homem.
No sábado foi sepultado numa Basílica onde está guardada a memória de sete papas, o último dos quais Clemente IX, “adormecido” em 1699.
A cerimónia foi simples, a mais simples de que as nossas gerações terão memória.
3.
Tenho pensado muito sobre a sua vida, o seu exemplo.
Pensado acerca deste mundo perversamente desordenado, pensado no que nos deixou, no que sacrificou e arriscou.
Eu, católico não praticante.
Eu, sempre tão defensivo no comprometimento.
Eu, muitas vezes a defender-me de qualquer tipo de risco, a falar dos problemas e desafios sem meter as mãos na massa, sem arriscar.
Eu, tantas vezes desconfiado da Igreja Católica, dos pavoneios, do conservadorismo, das sombras de poder e dos vendilhões do tempo dentro da hierarquia, de muita da elite da Igreja Católica portuguesa.
Tenho pensado tanto em Francisco.
O mínimo que posso fazer é oferecer o melhor de mim, converter-me sem reticências.
Fazer as comunhões e comprometer-me com uma ideia de transcendência.
Vou fazê-lo em honra do legado que nos deixou o homem que agora repousa no centro de Roma, o nosso Francisco que finalmente pode estar perto das pessoas comuns que não podem ver atraiçoado o seu legítimo direito à esperança.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

O Cravo Que Falta Florir

 A Liberdade chegou num Abril em flor, mas não veio inteira. Veio prometida, urgente, como se dissesse: "Estou aqui, mas sou vossa para construir". E assim é. Porque liberdade não é um ponto de chegada. É caminho. E neste caminho, há ainda passos por dar, rostos por ouvir, vidas por respeitar.

Ainda falta liberdade quando há quem trabalhe o mês inteiro e continue a não saber se vai conseguir pagar a renda. Quando há quem adoeça e tenha de esperar meses por um tratamento, como se o tempo pudesse ser negociado. Falta liberdade nas filas de quem procura casa, nas prateleiras vazias de quem escolhe entre aquecer a casa ou alimentar os filhos. Falta quando o elevador social está avariado e só sobe para alguns.
Falta liberdade quando se envelhece sozinho, sem cuidados nem companhia, como se a velhice fosse castigo e não coroa. Quando as mulheres ainda são mandadas calar, ou quando se levantam vozes contra quem ama de forma diferente, veste diferente, reza — ou não reza — de maneira própria. Falta liberdade onde ainda se tem medo de ser quem se é.
Falta liberdade quando se estuda com fome. Quando se desiste dos sonhos por cansaço. Quando se vive nas margens da cidade, sem acesso à mesma dignidade de quem vive no centro. Falta liberdade quando a cultura é luxo e não direito, quando a política parece distante e a justiça pesa mais sobre os que menos têm.
E, ainda assim, o espírito de Abril permanece. Não como memória que se repete, mas como impulso que nos convoca. A liberdade é viva ou não é. É presente ou é perda. E não se faz apenas de palavras, mas de condições reais: acesso, cuidado, escuta, partilha. É pão na mesa, tempo para os filhos, saúde no corpo, futuro nas mãos.
O cravo do 25 de Abril ainda floresce, sim — mas há muitos canteiros por cuidar. E a luta, essa, continua. Porque a liberdade só é verdadeira quando cabe dentro da vida concreta de todos. Até lá, não está completa.
Fonte: Padre João Torres, Facebook

quarta-feira, 23 de abril de 2025

OS PAPAS TAMBÉM MORREM


“Tudo tem uma duração. Todos temos. Até o papa tem uma duração, lá foi”, ouvia-se ontem nas redes sociais. É o óbvio, apesar de ter sido dito (e sentido) de um modo muito estranho... Recebi a notícia no final da primeira Eucaristia, através de um amigo e, por momentos, voltamos à igreja para, numa oração simples, agradecer ao Senhor o dom do seu pontificado. Na Eucaristia seguinte, numa outra paróquia – a anteceder a Visita Pascal - tivemo-lo presente nas nossas orações e intenções. Sobretudo em ação de graças!

Não sou papista (adorador de papas) nem a minha fé depende dos papas. Cresci com São João Paulo II (morreu também no dia da Visita Pascal numa das comunidades); aprendi e fui amadurecendo com muitos dos escritos de Bento XVI; ouvia e lia atentamente o papa Francisco. Qualquer cristão – minimamente formado e informado – sabe que a fé é encontro com Jesus: «Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar» (EG 3). Por isso, o Evangelho é a bússola mais fiável, a Doutrina e Magistério da Igreja os melhores garantes da sua leitura/interpretação.
Curiosamente, não me surpreende o fadário laudatório à volta do papa Francisco. Por duas ordens de razão: uns, sempre o usaram como argumento pessoal para uma putativa fé (subjetiva, seletiva, egocêntrica, sincretista), facilmente contradita pelas opções diárias; outros, montados nas suas afirmações soltas, nos seus apartes livres/dúbios evangelicamente e nas suas iniciativas informais viam o caminho desbravado para levar a água ao seu moinho, mormente o carreirismo, ânsia de protagonismo, culto da personalidade (vaidade sob a capa de humildade), oportunismo demagógico, serviços e mordomias.
Na minha vida, morreu mais um papa, mais um “Servus Servorum Dei”. Li TODOS os seus documentos oficiais. Anotei os critérios e prioridades do seu magistério. Citei-o centenas de vezes, não porque estava na moda ou caía no goto do povo, mas porque acreditava fazer sentido. O respeito que lhe devoto não é maior ou menor que aos seus antecessores. Não alinho em comparações, nem sou tão limitado para cair na tentação de insinuar que há uma Igreja antes do Papa Francisco e outra depois. Só por má-fé ou ignorância supina da História da Igreja alguém poderia ter tacanho atrevimento.
Preocupa-me a excitação de tantos por causa de “pormenores” e o desprezo total pelas grandes causas que ele abraçou: O Evangelho no centro da vida da Igreja (“Evangelium Gaudium”); a Santidade como meta de todos os cristãos (“Gaudete et Exsultate”); o cuidado de todos pela Casa Comum (“Laudato Si”), mormente a ecologia (“conversão ecológica”), o cuidar da Natureza (clima, água), o combate às desigualdades sociais e injustiças; a Fraternidade e Amizade Social (“Fratelli Tutti”), como a solidariedade, defesa dos direitos dos povos, da paz, a luta contra a pobreza e os excluídos; assumir o problema e encontrar soluções para a crise climática (“Laudate Deum”). Não me parece que sejam causas levadas a sério por muitos que o têm elogiado tanto nestes dias… Típico.
Também me preocupa que o recurso, sem mais, a chavões usados pelo papa Francisco seja tão-só a confirmação da demagogia e hipocrisia (oportunismo) tão caros a tantos e tantas. Por exemplo: «Na Igreja ninguém está a mais, há espaço para todos: todos, todos, todos.» E esclareceu (no avião de regresso da JMJ23): «A Igreja é aberta a todos, depois existem leis que regulam a vida dentro da Igreja. Alguém que está dentro está de acordo com a legislação, o que você diz é uma simplificação: “Não pode receber os sacramentos”. Isso não significa que a Igreja seja fechada, cada um encontra Deus pelo próprio caminho dentro da Igreja, e a Igreja é mãe e guia cada um pelo seu caminho.»
Outros sintomas curiosos é ouvir padres carreiristas a elogiar e chorar o papa Francisco, mas a viver em contramão total com as suas maiores denúncias: “O carreirismo é uma lepra. Por favor, nada de carreirismo!” «Pode acontecer que o coração se canse de lutar, porque, em última análise, se busca a si mesmo num carreirismo sedento de reconhecimentos, aplausos, prémios, promoções; então a pessoa não baixa os braços, mas já não tem garra, carece de ressurreição. Assim, o Evangelho, que é a mensagem mais bela que há neste mundo, fica sepultado sob muitas desculpas.» (EG 277)
Também há quem goste de citar algumas das suas frases soltas (fora do contexto, outras são mesmo “fake-news”) e viva em total mundanismo: «O mundanismo espiritual, que se esconde por detrás de aparências de religiosidade e até mesmo de amor à Igreja, é buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal. É uma maneira subtil de procurar os próprios interesses, não os interesses de Jesus Cristo.» (EG 93) «O mundanismo espiritual leva alguns cristãos a estar em guerra com outros cristãos que se interpõem na sua busca pelo poder, prestígio, prazer ou segurança económica. Além disso, alguns deixam de viver uma adesão cordial à Igreja por alimentar um espírito de contenda. Mais do que pertencer à Igreja inteira, com a sua rica diversidade, pertencem a este ou àquele grupo que se sente diferente ou especial.» (EG 98)
Eu agradeço o dom do seu pontificado e tudo quanto me ensinou. Enquanto uns vão alinhando estratégias para a sucessão (“rei morto, rei posto”); e outros se vão deitando a adivinhar ou sugestionar o que deveria ser a seguir, prefiro meditar, séria e silenciosamente, as palavras finais do seu Testamento: «Que o Senhor dê a merecida recompensa àqueles que me amaram e continuam a rezar por mim. O sofrimento que se tornou presente na última parte da minha vida, ofereço-o ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos.»
(P. António Magalhães Sousa, in Facebook)

segunda-feira, 21 de abril de 2025

"Em Deus vivemos, nos movemos, e existimos"

Obrigado, Papa Francisco!

Nesta manhã do Anjo da Páscoa,
segunda-feira da oitava da Páscoa,
acordo um pouco mais tarde,
com a notícia da última Páscoa
do tão querido Papa Francisco.

É a Páscoa de Cristo em Francisco.
É a Páscoa de Francisco na Páscoa de Cristo.
Santa Páscoa, Papa Francisco.

Retenho no coração as primeiras
e as últimas imagens,
de alguém cujo nome
foi profecia e foi programa de vida.

Todos, todos, todos
estamos profundamente agradecidos,
mesmo se não tivermos
todos o meu grau de consciência
do imenso dom que foi o Pontificado
do Papa Francisco
para a Igreja e para o mundo.
Um verdadeiro sopro do Espírito,
de inspiração, de saída, de encontro.

Senti nas suas últimas visitas
à Basílica de Santa Maria Maior
e de São Pedro e ao presídio de Roma,
que o Papa estava a «despedir-se».

E agradeço a Deus não ter sido preciso
apresentar a 'resignação'.
O Papa não a pediu,
certamente não o fazia,
porque sabia bem como se sentia.
Deixemo-nos ancorar e encorajar,
no testemunho fantástico que este Papa
nos deixou de Cristo vivo no meio de nós.

Obrigado, Papa Francisco.
Chorámos todos, todos, todos,
por Ti, com Aquelas lágrimas
das quais disseste são a «lente»
para conhecer e reconhecer Jesus.

Santa Páscoa, Papa Francisco.
Amaro Gonçalo, Facebook

sexta-feira, 11 de abril de 2025

5 coisas que Jesus nunca disse, mas as pessoas acreditam

Porque está na moda,

Porque é socialmente correto,

Porque a comunicação social e as novas tecnologias insistem e persistem  em afirmar, como se fossem deuses,

Porque as pessoas gostam de ouvir o que lhes convém,

Porque a muitos interessa justificar com o nome de Jesus as suas afirmações,

HÁ 5 AFIRMAÇÕES QUE CIRCULAM POR AÍ E QUE JESUS NUNCA PROFERIU. 

Veja aqui

quarta-feira, 9 de abril de 2025

"Ter um amigo é bom, vê-lo partir faz sofrer"

Diz a canção:
"Ter um amigo é bom, vê-lo partir faz sofrer".
Apenas por isto: pressentir claramente que o caminho é errado, não tem saída e acarretará enorme sofrimento para o amigo que o segue.
Mas a liberdade humana acima de tudo...

EM FUGA LIVRE PARA O ABISMO...
Decidida e obstinadamente, aquela pessoa caminha para o abismo. Nada se pode fazer, porque... essa pessoa não quer nem aceita.
Mistérios da liberdade humana!
Alguns apoiam, incentivam, concordam, porque é fixe, porque gostam alinhar na onda, porque é socialmente correcto...
Na hora do desastre, muitos destes "assobiarão para o lado", outros olharão de banda, uns tantos rirão de gozo, e outros fingirão que não conhecem a vítima...
Na hora da verdade, a pessoa que caminha deliberadamente para o abismo reconhecerá que o mundo não tem a dimensão do seu umbigo, que na vida não vale tudo, que a ingratidão brutifica, que não se cura uma borracheira com outra borracheira, que há quem nos queira bem e quem nos utilize...

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Os padres impecáveis não existem

Os padres não têm de ser melhores que ninguém. Têm de, como todos os cristãos, tentar ser melhores. Claro que isso não justifica nem desculpa os erros dos padres. Não desculpa as suas más opções pastorais ou eclesiais. Não desculpa as vezes em que usam a sua vocação como um trampolim para os seus interesses pessoais ou gerem as paróquias e os sacramentos em discordância com as leis da Igreja ou o Evangelho. Não desculpa quando não se esforçam por serem melhores pastores. Mas os padres são, antes de mais, pessoas. E são pessoas com contextos, circunstâncias e vivências das quais não se conseguirão distanciar nunca, porque são também fruto disso. E se é certo que muitos padres se estão a marimbar para o que os outros pensam, também há quem sinta nos ombros um peso e uma pressão que superam as suas forças. O modelo de perfeição evangélica que é exigido aos padres, como se tivessem sempre de estar disponíveis, preparados e dedicados, acaba por afogar as suas vidas. O padre não pode deixar de viver a sua vida e de fazer a sua caminhada de fé para se tornar um funcionário das coisas de Deus ou da Igreja. O padre tem de viver em Deus como é, como tenta ser, como se esforça por ser, mas não como todo o mundo lhe exige ou espera que seja. Os padres impecáveis não existem. Existem apenas os esforçados e os que não se esforçam. Existem, quando muito, os que não ligam a nada e os que, porque ligam a tudo, vivem o ministério como um peso. Repito. Os padres impecáveis não existem.

Fonte: aqui

quinta-feira, 3 de abril de 2025

João Paulo II (1978-2005): O Papa dos paradoxos morreu há 20 anos

 

João Paulo II. Um longo pontificado. 

Veja aqui uma análise  deste pontificado. 

Concordando ou discordando, há muita objetividade nesta análise. 

segunda-feira, 24 de março de 2025

«Uma Igreja que não fala dos problemas das pessoas não pode esperar que os jovens se aproximem» – Filipe Moisés Francisco


 Filipe Moisés Francisco, doutorando em Engenharia do Ambiente pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUCP), que se assume como católico praticante,  considera que a Igreja deve ser mais interveniente face às questões sociais e políticas do país.

“Acho mesmo fundamental que se fale dos problemas que as pessoas têm hoje, porque uma Igreja que não fala dos problemas das pessoas, voltada, única e exclusivamente para as questões da moral, e que se esquece que o dia-a-dia das pessoas vai muito além disso, as dificuldades das pessoas vão muito além disso, não pode esperar que os jovens se aproximem”, refere o convidado da entrevista semanal Ecclesia/Renascença, publicada e emitida aos domingos."

“Espero que os nossos padres e os nossos bispos façam o seu trabalho e, sobretudo, que se pronunciem mais sobre os problemas dos jovens. Eu não ouço os bispos a falarem dos problemas da habitação, dos problemas da precariedade”, adverte.

O entrevistado lamenta os problemas que os estudantes enfrentam, para encontrar habitação, e considera preocupante a precariedade laboral entre os trabalhadores mais jovens.

Eu acho que nós ainda não estamos a aproveitar suficientemente bem este período em que temos a graça, porque é mesmo uma graça, de termos o Papa Francisco”.

LEIA O TEXTO TODO AQUI

sábado, 15 de março de 2025

sexta-feira, 7 de março de 2025

NEM NA MORTE SOMOS LIVRES!


Um dos fenómenos que mais me inquieta, em quase trinta anos de padre, é o modo como são tratadas (ou destratadas) as pessoas aquando da sua morte. Sobretudo no que diz respeito ao funeral católico. Até porque creio piamente que a sua salvação/condenação não depende de as levar ou não à igreja, ter ou não “missa de corpo presente”… Duas dúvidas existenciais (e provocatórias):
(1) Se o defunto, ao longo da sua vida, nunca quis nada com a igreja, não participava na Eucaristia e da comunidade, vivia como ateu (agnóstico ou pagão), por que é obrigado pela família a ter funeral religioso? Não será uma falta de respeito para com o próprio defunto? Se no exercício da sua liberdade, optou por viver afastado, agora que não fala, não anda, não vê e não ouve (nada pode decidir) outros decidem por ele, contra aquilo que foram as suas escolhas terrenas e os seus critérios de vida? Se fosse comigo, antes de morrer, deixaria bem claro que não permitiria tamanho destrato; ou, se fosse minha responsabilidade organizar o funeral desse defunto, jamais aprovaria essa hipótese. Sempre por respeito ao defunto e consciente de que Deus não faz depender a sua salvação/condenação deste “evento social”.
(2) A segunda dúvida prende-se com a sempre rápida canonização dos defuntos: “era boa pessoa”. Nessora, acontece uma milagrosa amnésia coletiva que leva a esquecer as condutas pouco recomendáveis de alguns defuntos (violento, corrupto, adúltero/infiel, vigarista, mentiroso, viciado, má língua, avarento, preguiçoso, etc.) e vão debitando um rosário de elogios e virtudes que, em alguns casos, me obriga a confirmar se, no caixão, está mesmo o defunto que consta do funeral. Por haver o risco de “errar no alvo” recomenda o Ritual das Exéquias: «Depois do Evangelho deve haver uma breve homilia, evitando, porém, a forma e o estilo de um elogio fúnebre» (nº 79).
É um facto: há muitos a viver longe de Deus, agarrados às suas verdades, paixões, caprichos e prazeres. Vidas mundanas. Não querem saber de Deus, nem da Igreja nem da Missa ao Domingo. Escolhas. Decisões. Quando morrem, mesmo que raramente tenham posto os pés na igreja (e até se rirem e criticarem quem o faz), a família obriga-os a ir. Como se, passar por lá num caixão carregado aos ombros, fosse livre trânsito para o Céu!
(P. António Magalhães Sousa), aqu

sábado, 1 de março de 2025

A Humilhação que Não Foi

 Fiquei sem ar, confesso. Mas no final, fiquei orgulhoso do Presidente Zelenski. Num mundo, cada vez mais, sem líderes, hoje senti-me representado.

Há cenas que entram para a História não pelo que se disse mas pelo que ficou por dizer. O espetáculo que se desenrolou na Sala Oval foi um desses momentos em que o mundo piscou os olhos, desconfortável, horrorizado, estupefacto, enquanto um Presidente de um país devastado pela guerra era transformado em objeto de escárnio pelo Presidente do mais poderoso país do mundo, e pelo seu fiel escudeiro, um lambedor de botas com nome de detergente.
O que se passou ali foi uma humilhação, sim, foi, mas não para Zelensky.
O Presidente da Ucrânia entrou num covil de hienas, quais marionetas, orquestradas pelo ditador russo, sabendo bem onde estava. Era uma armadilha montada com a precisão cirúrgica dos cobardes, desenhada para transformá-lo num pedinte, num cão maltratado que, na ótica dos anfitriões, deveria mendigar com as patas estendidas. Mas eis o problema dos ditadores e dos seus bajuladores: confundem dignidade com fraqueza, confundem coragem com desespero.
Zelensky ficou ali, sentado, ouvindo palavras agressivas, palavras mentirosas de gente pequena que se acha grande. Não ripostou com raiva, nem se dobrou em subserviência. Limitou-se a exteriorizar o que lhe ia no peito, com humildade mas sem ceder. A sua postura, naquele momento, foi suficiente para que a farsa se revelasse.
Trump, o eterno fanfarrão, e J.D. Vance, o seu ajudante de palco, atacaram como pugilistas furiosos cheios de coisas dopantes. Julgavam eles que, como crianças inocentes, estavam a derrubar um castelo de areia. Mas o problema, para eles, claro, é que o castelo se manteve de pé.
A guerra não terminou, a Ucrânia não caiu, eles não ficaram com os biliões do minério e o homem diante deles era a prova viva de que, afinal, nem sempre os maus vencem. Eles queriam ver um derrotado, mas o que encontraram foi alguém que, mesmo esmagado pelo peso dos que se julgam donos do mundo, se recusa a ser pequeno.
A História tem destas coisas. Quem ri hoje pode estar a chorar amanhã. E os ditadores, por mais que se armem de tanques e de asseclas servis, nunca entendem isto: quando a hora chega, os povos lembram-se de quem lutou, não de quem gritou mais alto.
Zelensky não precisou de vencer aquela batalha verbal. O embaraço ficou para os outros. A diferença entre um líder e um palhaço é que o primeiro não precisa de plateia.
E os que hoje gargalham sobre o que se passou na Sala Oval? Que aproveitem o espetáculo enquanto podem. Porque no fim, e a História nunca falha nisto, quem humilha será sempre o humilhado.
Obrigado Presidente Zelensky!

Paulo Costa, aqui

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Francisco dançará connosco o seu último tango

1.
tudo ou quase tudo se disse.
Francisco tem 88 anos e uma saúde frágil.
Está internado e o mundo que dele gosta e o admira reza por ele, mesmo os que não sabem rezar.
Tem sido um privilégio ser seu contemporâneo.
E temos de aproveitar Francisco enquanto aqui está.
De lhe agradecer a chispa de luz que continua a sair do seu corpo, do seu olhar terno, das suas desarmantes palavras.
Recordo-me de o ter visto a lavar os pés a um preso transsexual na Quinta Feira-Santa, noite em que se celebra a Última Ceia.
Lembro-me de o ter observado na visita que fez a um albergue de prostitutas. A maneira como as ouviu, como com elas trocou correspondência.
Lembro-me daquele homem deformado que nos obrigava a virar a cara, o modo como Francisco se aproximou e o abraçou e lhe beijou as feridas durante uns segundos que me pareceram a eternidade.
Lembro-me de Francisco celebrar a missa para uma Praça de São Pedro deserta pela força de uma pandemia que nos ameaçava com o holocausto.
Lembro-me de como convocou as vítimas de pedofilia para o palácio, de como incentivou os bispos em todo o mundo a abrirem as suas caixas de Pandora.
Lembro-me de o ver com crianças, a responder-lhes a todas as perguntas ou a pedir aos artistas para não se esquecerem dos pobres.
Lembro-me quando nos disse que era humano, que gostava de futebol e que adoraria poder voltar a passear incógnito nas ruas de Buenos Aires e a dançar um tango de Piazolla com uma mulher bonita.
2.
Sabes o que Francisco disse a Tolentino Mendonça quando o conheceu fora dos cumprimentos de circunstância?
“Senhor padre, acha que me pode conceder cinco minutos do seu tempo?”
Tolentino ficou atrapalhado, sem saber onde meter as mãos e o sorriso.
“Sua Santidade, o senhor é que me tem de conceder um bocadinho do seu tempo”.
E eles foram e encontraram-se no pequeno quarto de Tolentino, divisão que lhe fora destinada num retiro em Roma que, à última da hora, soube que teria a presença de Francisco.
Falaram quase uma hora.
E sabes do que falaram?
De Fernando Pessoa e de Jorge Luís Borges.
E no final da conversa, Francisco fez silêncio e perguntou a Tolentino se queria rezar com ele.
3.
Francisco convoca-nos para a ideia de pertença, para o martírio da esperança, para a urgência de questionamento, para a responsabilidade de estar à altura, para a vontade de combater por um mundo mais largo, para a constatação de que um ateu ou um agnóstico é também filho de Deus – mesmo que para ateus e agnósticos Deus continue a não existir.
E nele não há ponta de medo, já repararam? É como se levitasse por entre contrariedades, obstáculos, inimigos – que os tem e não tão poucos quanto isso.
4.
Impressionante como não se deixou corromper no olhar, a sua mais poderosa das armas. Um olhar capaz de devolver a dignidade aos que estão na cave do mundo,
Um homem que tendo feito tanto, que tendo aberto tantas portas, continua a precisar do abraço do mundo para que a revolução não morra com ele.
Sobretudo por estas horas.

Luís Osório, aqui

 

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Morreu Pinto da Costa, o dirigente com maior longevidade mundial, maior currículo europeu e maior história nacional

Morreu Pinto da Costa, o dirigente com maior longevidade mundial, maior currículo europeu e maior história nacional


O FC Porto está de luto pelo falecimento de um nome histórico não só para o clube, mas para todo o mundo do futebol. De 23 de abril de 1982 a 7 de maio de 2024, contaram-se 42 anos e 16 mandatos. Percurso recordista e inigualável do presidente mais titulado de sempre, que aos dragões, termo que cunhou, dedicou quase toda a vida, entre seccionista, diretor para o futebol e presidente. Foram 69 títulos no futebol e mais de 2500 entre todas as modalidades. Transformou totalmente o clube, que de conformado, tímido e receoso se fez marca mundial, com expressão evidente no palmarés internacional, o mais rico do futebol português, com sete conquistas, incluindo duas Ligas dos Campeões. As alegrias que proporcionou aos portistas foram, por si mesmas, também uma das maiores felicidades de Pinto da Costa, que tantas evocava o impacto desses momentos na vida de quem tinha pouco mais por onde sorrir.

Disruptivo e obstinado, de sentido de humor sempre apurado, ironia refinada e orador natural – discursava 20 minutos sem olhar sequer para uma cábula – Pinto da Costa despertava paixões e ódios bem acesos. Foi venerado pela nação azul e branca em nome de um trajeto de sucesso que trilhou fazendo frente a tudo e todos. Rivalidades e disputas que bateram no máximo, à medida que o FC Porto se fazia cada vez maior: de várias formas, crescia na hostilidade, contra tudo e contra todos virou lema. Rodeado, nos primeiros tempos, por nomes de confiança extrema, como José Maria Pedroto, Luís Teles Roxo e Reinaldo Teles, o líder fazia da guerra ao centralismo uma bandeira paralela à azul e branca. Se nunca é só futebol, nos dragões ainda menos e Pinto da Costa nunca se incomodou ou hesitou em ser polémico. Animosidade será dizer pouco sobre as sensações que despertava nos rivais, mas indiferente a ele é que ninguém era.

Escutava várias opiniões, mas a decisão para o homem do leme cabia sempre a Pinto da Costa, que tinha um olho clínico para os escolher. Desde o “mestre” Pedroto a Sérgio Conceição, o mais longevo e titulado em 42 anos, foram poucos os treinadores que saíram do clube sem lhe acrescentar troféus, mesmo aqueles que chegaram às Antas e ao Dragão sem saber o que isso era. Como Artur Jorge, campeão europeu em Viena, em 1987. Bobby Robson, António Oliveira, José Mourinho, Jesualdo Ferreira, André Villas-Boas, que mais tarde haveria de reentrar no clube com estrondo, foram outros exemplos de apostas arrojadas e bem sucedidas, potenciando grandes equipas e jogadores para a história. Todos se rendiam à visão e palavra do presidente, astuto nos momentos mais delicados. Podia ser uma presença (sempre forte) num treino depois de um mau jogo, podia ser sair ao lado de Fernando Santos depois do Torreense deixar as Antas em choque – meses mais tarde, em 1999, celebrar-se-ia o único pentacampeonato que Portugal testemunhou.

O futebol mudou, vieram as sociedades anónimas desportivas e transferências por valores sempre crescentes. Veio uma Champions, a última ganha fora das grandes ligas, pouco antes de rebentar o processo Apito Dourado. Abanou o clube, mas Pinto da Costa foi absolvido de todas as acusações de corrupção desportiva e os seis pontos no campeonato que tinham sido retirados em 2007/08 acabaram por ser repostos.

Além de um novo estádio e um centro de treinos, chegou um pavilhão e um museu vanguardista. Os títulos continuavam a ser um hábito. O FC Porto potenciava talento, lucrava e repetia o processo, com Pinto da Costa reconhecido por ser negociador exigente.

No entanto, com a lei do tempo, veio também o desgaste. Traços marcantes da gestão viam-se menos e chegou o período mais duro: quatro épocas sem ganhar o campeonato (2014-2017) foram uma eternidade. Uma última investida, à boleia de Sérgio Conceição, repôs a normalidade em campo, mas a massa adepta que com Pinto da Costa se fez exigente e que durante décadas em nele tudo confiou, vaticinou outro rumo. Depois de alguns avisos, nas eleições de 2016 e 2020, o ato eleitoral mais participado de sempre deu a presidência a André Villas-Boas com 80% dos votos e Jorge Nuno, quase uma vida depois, recuperou o nome próprio e voltou a ser só adepto do FC Porto.

Um último livro, “Azul até ao fim”, impactou pela fotografia de Pinto da Costa ao lado do caixão que escolheu para o funeral que pagou do próprio bolso e de forma antecipada. Ao mesmo tempo que abraçou a inevitabilidade da morte com uma naturalidade desconcertante, assumiu mágoas e listou quem não queria presente nas cerimónias fúnebres.
Fonte: aqui