terça-feira, 18 de novembro de 2014

Barbudos, tatuados e (mal) penteados...


Embora o tema seja complicado por natureza, não posso deixar de cumprimentar o manifesto anti-barbas do Sr. Ilhan Cavcav, presidente do modesto Gençlerbirligi, actual nono classificado do campeonato turco. As barbas de Raul Meireles, e não só, são, de facto, um espectáculo dentro do espectáculo - mas, não só não o deveriam ser (e sim o futebol por ele jogado), como também o espectáculo é esteticamente nada recomendável. E se às barbas juntarmos as tatuagens em série e os inacreditáveis e sempre alterados penteados das vedetas dos estádios, aquela mania de saírem sempre dos autocarros com headhphones colados aos ouvidos, caras de personagens superiores e inatingíveis e absoluta ausência de quaisquer sinais exteriores de que são capazes de ocupar os tempos livres a ler um livro, um jornal, uma revista, mais as eternamente repetidas e absolutamente desinteressantes declarações que fazem, recheadas de frases feitas que nem se percebe se eles percebem, temos de convir que a imagem que os jogadores de futebol de topo hoje transmitem de si mesmos é de uma pobreza intelectual e de uma falta de gosto chocantes. A imagem de quem, fora de campo, apenas se preocupa com dinheiro e contratos, tatuagens e penteados. A quem nada interessa saber do país onde vivem e do mundo que os rodeia. E, como essa é a imagem transmitida a milhões de jovens em todo o mudo que os idolatram, não se trata apenas de uma questão de gosto ou de valores, mas de responsabilidade. Lamento, mas é o que penso.
Fonte: aqui

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